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domingo, 15 de setembro de 2013

Segurança: Sinjor-PA garante conquistas para jornalistas da Record






Entre as propostas estão o reajuste de 7% nos salários, plano de cargo e carreira, manutenção nos carros, inclusive com a instalação de ar condicionado e adequação dos mesmos para o clima do Estado, aquisição de mais equipamentos para trabalho na chuva, coletes à prova de balas para todas as equipes externas, periculosidade para pautas de risco e acordo coletivo.


O Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor-PA) reuniu na última sexta-feira, 13, com representantes da TV Record Belém para discutir, dentre outros assuntos, a segurança dos jornalistas daquela emissora.

Participaram do encontro, a presidente do Sinjor-PA, Sheila Faro, a diretora Eliete Ramos, juntamente com o advogado do Sindicato, Wesley Loureiro, que foram recebidos pelo diretor Superintendente da emissora, Paulo Batista, pelo gerente Administrativo, Luiz Carlos e a advogada Andréa Rezende, também do grupo Record. O Sinjor apresentou as pautas de reivindicações, baseadas em relatos dos jornalistas que trabalham na empresa. O objetivo foi dar resolutividade aos itens presentes e estabelecer alguns ajustes para o avanço das negociações.

A direção da empresa se mostrou aberta à negociação e manteve uma conversa cordial e produtiva. As demandas dos trabalhadores da empresa, especialmente aquelas referentes à segurança profissional, reajuste salarial e condições de trabalho foram algumas das conquistas definidas durante a reunião.

Conquistas: Em relação ao índice de reajuste de 7%, correspondente à data-base deste ano, Paulo Batista garantiu que já foi dado o aumento para os trabalhadores. Ele disse que a empresa vai pagar a diferença, referente ao atraso da data-base, que foi em abril deste ano.

Já sobre a questão dos carros, Batista admitiu a demora para a manutenção. Ele informou que a empresa vai tentar adquirir nova frota até o final deste ano. O superintendente também informou que serão comprados mais equipamentos para trabalho na chuva.

Outro fator importante debatido na reunião foi a segurança dos funcionários. A respeito desse tema, o Sindicato sugeriu um curso específico sobre segurança, em parceria com a Polícia Militar, para os jornalistas que produzem pautas em locais de risco. A direção da empresa se comprometeu em concretizar o curso e liberar os jornalistas dentro do horário de trabalho para participarem do treinamento.

O Sinjor-PA também propôs que a empresa ofereça um psicólogo para acolher o profissional, caso ele sofra qualquer tipo de violência durante as atividades. Sugeriu ainda que a emissora adquira coletes à prova de balas (conforme exigência do exército) para todas as equipes externas, mesmo aquelas que não estão saindo para cobrir pautas de polícia.

Pendências: Algumas questões demandadas pelo Sinjor-PA ficaram pendentes de solução, mas a empresa se dispôs a analisar as outras demandas para dar continuidade às negociações. Na segunda semana de outubro será realizada uma nova reunião com a finalidade de definir as pautas de reivindicações, a principal delas é o acordo coletivo.

Também estão inclusos na revisão proposta pelo Sinjor-PA, os jornalistas que desempenham outras funções e ganham menos que produtores, equiparação salarial e valorização do profissional local, pois os jornalistas paraenses exercem a mesma função de outros que vem de fora, mas com uma enorme diferença salarial.

Segundo a presidente do Sindicato, Sheila Faro, a proposta é iniciar as negociações para fechar um acordo coletivo direto com a empresa. "Hoje, a Record obedece às cláusulas fechadas na convenção coletiva assinada com o Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Pará (Sertep), porém a Record tem peculiaridades que merecem ser observadas. Esse é o principal anseio dos jornalistas da empresa", ressaltou.

Além disso, estão na pauta, assuntos referentes à hora-extra, acúmulo de funções sem a devida remuneração pra isso, e readequação dos repórteres cinematográficos, que são contratados como operadores de unidade portátil, o que implica em salários mais baixos.

Ainda de acordo com Sheila Faro, o Sindicato mantém a posição e exige que a empresa reconheça em carteira o cargo de repórter cinematográfico para os profissionais que fazem registros de imagem de matéria jornalística, conforme prevê a regulamentação profissional de jornalistas. "Esses profissionais merecem essa luta. O Sinjor defende a proposta de que eles ganhem um salário igual ao do repórter contratado pela empresa", reiterou.

Manifestação: Paralelamente à reunião, os jornalistas fizeram um ato público em frente à sede da TV Record Belém, no bairro do Jurunas. O Sinjor-PA reuniu a categoria para dar satisfação aos jornalistas a cerca dos pleitos que estavam sendo tratados durante a reunião com os representantes da empresa.

Dezenas de jornalistas, esperavam ansiosos pelo resultado da reunião, que segundo a diretoria do Sindicato, foi muito positiva.

Embora não fosse pauta do Sindicato, ao final da manifestação, alguns jornalistas repudiaram a presença do apresentador do programa Balanço Geral, da TV Record, Renê Marcelo, que chegava para apresentar o programa. Os profissionais ficaram revoltados com as afirmações que Renê Marcelo teria feito dentro da redação, diante de profissionais, entre elas que “Sindicato é coisa de baderneiro e que jornalistas já sabiam que ganhariam mal”.

A manifestação, organizada pelo Sinjor-PA, encerrou no início da tarde e os jornalistas saíram de lá com a certeza de que estão cada vez mais fortes para lutar por seus direitos.

O Sinjor se prepara agora para a Sessão Especial na Câmara Municipal de Belém, que acontecerá dia 19 de setembro, quinta-feira, às 9h, no plenário daquela casa de legislação, localizada na travessa Curuzú, no bairro do Marco, em Belém. A categoria está convocada a participar do evento.

E a luta continua, pois, Jornalista Vale Mais!








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