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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Jornalistas do Pará protestam contra demissões no Grupo RBA

Um ato público na última quarta-feira, 20, em frente à sede da Rede Brasil Amazônia de Comunicação (RBA), em Belém, marcou o protesto dos jornalistas do Pará contra a demissão de Felipe Melo, Cris Paiva, Amanda Aguiar e Adison Ferrera, que participaram da greve realizada em setembro. As demissões ocorreram um dia após o prazo de estabilidade provisória estabelecido em acordo. Neste sábado, 23, a categoria teve uma Assembleia Geral no Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA). Eles discutiram as ações a serem tomadas nos próximos dias.

Camilo Centeno, diretor-geral do grupo de propriedade da família Barbalho, que reúne o Diário do Pará, Portal Diário Online e TV RBA, negou, em entrevista ao portal Imprensa, que as demissões tenham se dado em função da greve. Segundo ele, demissões em veículos de comunicação são normais e os demitidos estão procurando um pretexto para transformar uma decisão administrativa em um ato político.

Para a presidente do Sinjor-PA, Sheila Faro, o argumento do representante do grupo é insustentável e as demissões são uma retaliação ao movimento. "Estão querendo enganar a quem? Quem acreditaria que a demissão de quatro profissionais que tiveram participação ativa na greve é mera questão administrativa?", questionou.

A greve dos jornalistas do Diário do Pará, Portal Diário Online e TV RBA, no final de setembro, durou uma semana. O acordo entre o Sindicato e o Grupo RBA, que viabilizou o retorno ao trabalho, assegurou a elevação do piso salarial da categoria de R$ 1.000,00 para R$ 1.300,00 a partir do dia 1º de outubro, com nova atualização para R$ 1.500,00 em abril de 2014. Assegurou, também, a estabilidade no emprego de 45 dias, o pagamento dos dias parados e a compensação em até três meses dos dias em que os funcionários estiveram em greve.


Na assembleia deste sábado, os jornalistas definiram novas ações a serem feitas em répúdio às demissões e pela reintegração dos trabalhadores. "O desrespeito que a direção da empresa vem demonstrando ampliou a revolta da categoria e não será admitido", disse Sheila Faro. Ela antecipou que medidas judiciais já estão sendo preparadas pelo Sinjor-PA, como uma ação de reintegração dos quatro demitidos e ações contra o assédio moral e práticas antissindicais da RBA.

Ascom/Sinjor-PA com informações da Fenaj
Fotos: Wildes Lima

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