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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

O Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) convida seus associados para apreciação e aprovação do Regime e Comissão Eleitoral nesta sexta-feira, 28, às 12h30, em primeira convocação e, a segunda às 13h00, na sede da entidade.

Sindicato dos Jornalistas entrará com ação coletiva cobrando perdas do FGTS

O Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) ajuizará ação coletiva na Justiça Federal contra a Caixa Econômica Federal (CEF), pedindo que a correção monetária do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) seja feita por índice oficial que preserve o poder de compra dos valores depositados a partir de janeiro de 1999. O processo judicial parte do entendimento de que a Taxa Referencial (TR), usada atualmente para corrigir o saldo do FGTS, não repõe as perdas inflacionárias.

Durante reunião com jornalistas no último sábado, 22, o assessor jurídico do Sinjor, André Serrão, esclareceu algumas dúvidas sobre a ação coletiva. Ele explicou que a iniciativa, também realizada por outras entidades sindicais espalhadas pelo Brasil, foi motivada pelo número expressivo de trabalhadores prejudicados.

Segundo Serrão, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), do ano passado, considerou a TR inapropriada para corrigir perdas inflacionárias em processos relacionados a precatórios. “Isso abriu caminho para a revisão dos saldos também do FGTS calculados desde 1999. Diante dessa possibilidade, inúmeros trabalhadores brasileiros começaram a procurar a Justiça em busca da correção”, disse.

Têm direito, em tese, todos os trabalhadores que tenham recebido depósitos na conta do FGTS de 1999 até hoje. Para entrar com a ação, o trabalhador só precisa de cópias simples de RG, CPF e comprovante de residência. Além disso, precisará fornecer extrato analítico detalhado da conta do FGTS de 1999 até este ano. O extrato pode ser conseguido junto à CEF, inclusive pela internet, por meio do site www.caixa.gov.br. Após isso, o trabalhador pode se dirigir ao Sindicato de segunda-feira a sexta-feira, no horário de 8h às 18h. Lembrando que é preciso ainda assinar a procuração para que possa ser ajuizada a ação.

No caso de vitória, os trabalhadores com contrato de trabalho ainda vigente não poderão dispor imediatamente dos valores, mas sim tê-los depositados em sua conta do FGTS, até que sobrevenha uma das hipóteses de saque, como por exemplo, a demissão sem justa causa, o uso para aquisição de imóvel residencial ou ser portador de moléstia grave. Para aqueles cujos contratos de trabalho já encerraram, poderão dispor dos valores tão logo a decisão se torne irrecorrível.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

NOTA DE REPUDIO ÀS SUCESSIVAS DEMISSÕES NO GRUPO RBA

O Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) vem a público manifestar, com indignação e perplexidade, seu repúdio pela onda de demissões que estão ocorrendo na Rede Brasil Amazônia de Comunicação (RBA), que até o momento já demitiu 12 jornalistas que participaram ativamente da greve ocorrida em setembro do ano passado. Nesta segunda-feira, 24, a empresa demitiu os jornalistas Jones Santos e Fábio Relvas, ambos exerciam suas funções no Diário Online.

É absolutamente inadmissível que uma empresa de comunicação adote uma postura autoritária e desrespeitosa com os profissionais que ajudam a construir a sua história. A gravidade desta atitude insana fere o direito de greve, garantido pela Constituição Federal.

As demissões arbitrárias iniciaram logo após o fim da estabilidade, firmada em acordo com o Sindicato, quando foram demitidos os jornalistas Felipe Melo, Cristiane Paiva, Adison Ferrera e Amanda Aguiar, dispensados sem aviso prévio, em novembro do ano passado.

Em janeiro, o Grupo RBA demitiu outros profissionais sem a menor dignidade. As jornalistas Daniele Brabo, Edmê Gomes e Yorranna Oliveira, foram demitidas no hall de entrada da empresa, quando chegavam para mais um expediente e tiveram seus crachás bloqueados na recepção, ato praticado também no início deste mês, com as demissões de Elias Santos e Thamires Figueiredo, que trabalhavam no Diário do Pará.

Vale ressaltar que o Grupo RBA também demitiu o jornalista Leonardo Fernandes, repórter no jornal Diário do Pará, que também participou da organização do movimento Jornalista Vale Mais, tão logo a greve foi anunciada, em setembro. As sucessivas demissões só reforçam o revanchismo praticado pela direção da empresa.

O Sinjor-PA reitera sua solidariedade aos colegas demitidos, garantindo sua assessoria jurídica, caso os profissionais queiram recorrer à justiça trabalhista.

Por fim, conclamamos a todos os colegas para a conscientização da nossa condição de trabalhadores assalariados explorados, operários da notícia. A união é necessária para enfrentarmos os abusos do patronato.

SINDICATO DOS JORNALISTAS DO PARÁ

domingo, 23 de fevereiro de 2014

NOTA DE REPÚDIO CONTRA O ASSÉDIO MORAL

O Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor-PA), diante de mais um ato explícito de assédio moral e de afronta ao pleno e livre exercício do Jornalismo, manifesta publicamente seu repúdio à retaliação que vem sofrendo a jornalista e diretora desta entidade ENIZE VIDIGAL, pelas razões que seguem expostas:

1- No dia 17 de fevereiro, na qualidade de repórter de O Liberal, foi enviada ao gabinete da vereadora Meg Barros (Pros) para entrevistá-la sobre a atuação parlamentar dela. Porém, a jornalista foi tratada com ironia, questionada sobre a competência para realização da reportagem e ainda sofreu intimidação ao afirmar que iria telefonar para o redator-chefe e para o dono do jornal. Nesse contexto, a vereadora revelou que toda a conversa havia sido gravada, sugerindo que seria usada contra a repórter. Enize, corretamente, encerrou a entrevista e se retirou do local sem devolver as ofensas.

2- No dia seguinte, ao chegar à redação de O Liberal, a jornalista foi informada de que havia sido transferida da editoria de Política para a de Polícia, um ato que caracteriza clara retaliação, atitude contumaz por parte do veículo de comunicação quando pretende punir os jornalistas. Não há como não qualificar esses fatos como o mais explícito, infame e abjeto assédio moral.

3- Como desdobramento do assédio moral, iniciado no gabinete parlamentar, na última quinta-feira, 20, a vereadora registrou ocorrência na Delegacia de Crimes Tecnológicos contra a jornalista, que já foi notificada a comparecer a uma audiência nesta segunda-feira, 24. Destaca-se que, na ocasião, a jornalista será acompanhada juridicamente pelo Sinjor, dando sequência ao assessoramento jurídico que tem sido prestado à jornalista desde que ela fez a denúncia de assédio moral que sofrera.

O Sinjor espera que casos como este - que se repetem diuturnamente, de forma sorrateira, sutil, pouco evidente - sirvam de exemplo para que fiquemos atentos, e sejam sempre denunciados, a fim de combatermos essa atitude pretensiosa de alguns que se revestem de representantes do povo, em nome da “moral” e dos “bons costumes” para intimidar, coagir e calar a voz dos jornalistas. Nós, jornalistas, devemos ser os primeiros a denunciar.

Assim, o Sinjor-PA repudia os atos de assédio moral de que foi vítima a jornalista Enize Vidigal e presta-lhe a mais ampla e irrestrita solidariedade.

O Sinjor-PA continuará vigilante e às violações e ao desrespeito aos direitos trabalhistas, de assédio moral ou impedimento ao pleno exercício do Jornalismo. E convoca todos a fazer o mesmo. Mexeu com um de nós, mexeu com todos nós.

Juntos, somos mais fortes. Jornalista Vale Mais!

Belém (PA), 23 de fevereiro de 2014.

Diretoria do Sinjor-PA

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Sinjor-PA mobiliza jornalistas para reforçar estoque de sangue do Hemopa


Atenção colegas jornalistas,

Esta foi a forma que o Sindicato dos Jornalistas do Pará escolheu para protestar contra a violência que atinge jornalistas diariamente.

Doar sangue é um ato de amor à vida!

Critérios para doação:

1. Ter entre 16 e 67 anos de idade (menores de 18 apenas com autorização dos pais ou responsável)
2. Estar bem alimentado e pesar mais de 50kg
3. Portar documento oficial com foto

Serviço: O Hemopa fica na Tv. Pe. Eutíquio, 2109 - Batista Campos. Funcionamento para coleta: de segunda a sexta-feira, de 7h30 às 18h, e aos sábados de 7h30 às 17h. Maiores informações pelo fone: 08002808118.







Assembleia elege delegados para o Congresso Nacional dos Jornalistas

Em assembléia extraordinária realizada nesta quarta-feira, 13, foram eleitos os cinco delegados que representarão o Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) no 36° Congresso Nacional dos Jornalistas, que será realizado entre os dias 02 e 06 de abril em Maceio (AL). São eles, os jornalistas Felipe Melo, Franssinete Florenzano, Paulo Roberto Ferreira, Max André e Elcimar Neves. Além da votação, ficou acertado que haverá uma nova reunião para discutir as propostas que serão debatidas no evento, em prol dos jornalistas paraenses.

O 36º Congresso Nacional dos Jornalistas é promovido pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (Sindjornal). Com o tema central “O Jornalismo, o Jornalista e a Democracia”, o encontro vai colocar no foco das discussões o importante papel da imprensa na construção de um verdadeiro estado democrático de direito. Devem participar aproximadamente 700 pessoas – entre delegados dos sindicatos, observadores, estudantes e palestrantes.

Na programação estão previstos seis painéis, quatro rodas de conversa e seis oficinas. Também durante o evento será realizado o 1º Encontro Nacional de Jornalistas pela Igualdade Racial (Enjira), reunindo representantes das Comissões Estaduais de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojiras) e uma reunião ampliada da Comissão Nacional da Verdade dos Jornalistas (instituída pela Fenaj), com as comissões estaduais instituídas pelos sindicatos. O Sinjor-PA será representado pela jornalista Franssinete Florenzano, presidente da Comissão da Verdade, no Pará.

Inscrições: Quem pretende participar do 36º Congresso Nacional dos Jornalistas na condição de observador (jornalistas, professores de Jornalismo ou estudantes não delegados) já pode fazer a inscrição no site do congresso.


segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Nota de pesar pelo falecimento do cinegrafista Santiago Andrade

O Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) se solidariza com a família e os colegas do cinegrafista Santiago Andrade, 49 anos, da TV Bandeirantes, que sofreu morte cerebral na manhã desta segunda-feira, 10. O profissional foi atingido na cabeça por um rojão, na última quinta-feira, 06, enquanto registrava um confronto entre manifestantes e policiais, durante protesto contra o aumento da passagem de ônibus, no Centro do Rio de Janeiro. Andrade foi submetido a uma cirurgia para reparar afundamento de crânio. Desde então, estava em coma induzido.

O Sinjor-PA repudia veementemente mais este lamentável fato contra um profissional da imprensa no exercício de seu trabalho. Todos os dias estes trabalhadores vão para as ruas e enfrentam rotinas exaustivas, alguns se expõem a situações perigosas, muitas vezes são hostilizados por manifestantes ou policiais, e até são agredidos fisicamente.

No Pará, a situação não é diferente. Este fato está se tornando rotina na vida dos profissionais que trabalham para grandes grupos de comunicação, como fotógrafos, cinegrafistas, repórteres e até mesmo produtores. Nos últimos meses foram registrados, no Estado, vários casos de jornalistas agredidos enquanto exerciam seu trabalho.

Em agosto de 2013, o repórter fotográfico Thiago Araújo, do Diário do Pará, foi agredido ao tentar fotografar um médico que se envolveu em um acidente. Ele foi impedido de fazer o registro, por um homem, que se dizia ser cabo da Polícia Militar. Em outubro do mesmo ano, a jornalista Ticiane Rodrigues, assessora do Sindicato dos Bancários Pará/Amapá, também foi agredida em pleno exercício da sua profissão, por um cliente da agência do banco Itaú, enquanto fazia a cobertura da greve dos bancários. No mesmo mês, ocorreu um lamentável episódio de excessos cometidos pela Polícia Militar do Estado. Sem nenhum motivo, o capitão Rayol, do Batalhão de Choque, lançou jatos de spray de pimenta no rosto do cinegrafista Waldomiro Gonçalves e na jornalista Sancha Luna, que trabalham na RBATV, e também no cinegrafista Jairo Lopes e no repórter Guilherme Mendes, da TV Liberal.

Os casos mencionados evidenciam a necessidade de uma ação permanente de proteção dos jornalistas por parte dos donos dos veículos de comunicação. As empresas são diretamente responsáveis por aquilo que acontece com seus funcionários durante o trabalho. É necessário que estes veículos assumam de fato a responsabilidade sobre seus trabalhadores e, principalmente que aumentem as medidas de segurança desses profissionais.

Diante destes e de tantos outros atos de violência praticados contra nós, jornalistas, inclusive os que são ameaçados por seguirem uma linha editorial imposta por alguns grupos sensacionalistas, o Sinjor-PA também se solidariza e reafirma a defesa intransigente desses profissionais que algum dia já foram vitimas de violência no horário de trabalho. Como representante da categoria, continuaremos defendendo os direitos dos jornalistas, independentemente do meio ou órgão em que exercem a profissão.

Por último, queremos deixar claro que a nossa luta pela liberdade de imprensa, preservando nosso maior direito - o direito à vida, jamais esmorecerá. E somente unidos seremos fortes o suficiente para defendê-la.

SINDICATO DOS JORNALISTAS DO PARÁ

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Basta de violência contra jornalistas

Mais um jornalista é vitima da violência que explode no país. O repórter cinematográfico Santiago Andrade foi atingido, ontem (06/02), por um petardo que explodiu na sua cabeça, conforme registraram várias redes de televisões, nacionais e internacionais, e inúmeros jornalistas presentes na manifestação que ocorria próxima à estação Central do Brasil, no Rio de Janeiro.

O jornalista da Rede Bandeirantes fazia cobertura de um confronto entre policiais militares e manifestantes, com a utilização de bombas de gás, de efeito moral e rojões. Santiago Andrade foi socorrido e levando a uma unidade de saúde, onde foi submetido a uma cirurgia para reparar amassamento craniano e consequente edema. Seu estado de saúde é grave e inspira cuidados.

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudia veementemente mais este ato de barbárie contra um jornalista no exercício de seu trabalho. A FENAJ convoca a sociedade brasileira a se somar ao esforço que a Fenaj realiza, em parceria com os Sindicatos de Jornalistas de todo o país, para dar um basta à violência contra jornalistas que cresce assustadoramente no país.

Em 2013 foram mais de cem agressões registrada somente durante o chamado Movimento de Junho. Neste início de 2014 já são três casos de jornalistas agredidos em coberturas de manifestações. Embora a maioria dos casos seja de ações cometidas pelas diversas policias militares do país, com especial destaque para a Policia Militar de São Paulo, é necessário registrar uma crescente e inaceitável intolerância por parte de um movimento que se pretende libertário e democrático. Diversos jornalistas foram agredidos e impedidos de trabalharem por manifestantes que reproduzem a intolerância que este mesmos militantes identificam em setores da chamada grande imprensa.

A Fenaj detecta nestas agressões elementos nitidamente autoritários de pessoas ou grupos de pessoas que não conseguem conviver com o estado de direito e, principalmente, com um jornalismo que cumpra a sua tarefa de trazer a público interesses que insistem em permanecer escondidos e privados. Junto com a sociedade democrática deste país a Fenaj portanto exige:

1) Uma reunião urgente com o Ministro da Justiça Eduardo Cardoso. Este pedido já encaminhado no ano passado, com reiterados contatos posteriores e nunca respondido, tem como objetivo demonstrar a gravidade do cenário nacional, apresentar a situação constrangedora que o Brasil passa a ocupar em nível internacional e pedir que o Governo Brasileiro construa, junto com as organizações de classe, setor empresarial da comunicação e organismos defensores de direitos humanos, um procedimento nacional que garanta aos jornalistas o direito à sua integridade e ao seu trabalho.

2) Que a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República dê continuidade à sua louvável iniciativa ao compor um grupo de trabalho para tratar dos direitos humanos dos trabalhadores de comunicação e que efetive, conforme manifestação pública da Ministra Maria do Rosário, as proposta apresentadas pela Fenaj:

a) Criação de um observatório nacional e público, com a participação de profissionais da área, assim como de empresários do setor e representantes do governo para acompanhar e fiscalizar crimes, agressões e ameaças desde as denúncias, passando pelos inquéritos policiais e judiciais, a fim de garantir justiça e impedir a impunidade;

b) Aprovação de uma lei que federalize a investigação dos crimes contra jornalistas;

c) assinatura de um Protocolo entre a Fenaj e as organizações empresarias no sentido de garantir a segurança dos jornalistas. Este acordo público deve prever treinamento, oferecer equipamento eficiente de segurança, prover com seguro a família e o trabalhador e, principalmente, permitir através de uma comissão interna a pertinência e o enfoque a ser buscado na reportagem;

3) Investigação imediata sobre o autor do atentado contra o cinegrafista Santiago Andrade e imediata instauração de processo policial e judicial.

A Fenaj, ao exigir pronta ação contra o autor do atentado, se solidariza com o colega ferido e com sua família e se coloca, como organização máxima nacional dos jornalistas, à disposição do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro.

É preciso dar uma basta à esta crescente violência contra jornalista porque ela ameaça o livre exercício profissional, compromete o estado de direito e constrange o país frente a uma sociedade internacional que precisa ver uma reação do estado e da sociedade brasileira.

Brasília, 07 de fevereiro de 2014

Diretoria da Fenaj

Nota pública contra a Rede Record Belém

O Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) vêm a público repudiar, com veemência, a falta de segurança e de zelo com a saúde dos jornalistas por parte da direção da Rede Record, em Belém. Na última quarta-feira, 5, houve um princípio de incêndio na emissora. Foi acionado um caminhão do Corpo de Bombeiros, que conteve o sinistro. Mesmo assim, vários jornalistas foram mantidos no ambiente do trabalho e depois do expediente passaram mal, devido à inalação de fumaça.

A direção da Record não apenas ignorou o precedente de repercussão internacional que foi o incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria (RS), quando 237 jovens morreram e outros foram feridos por inalar fumaça tóxica, há um ano, como demonstrou a total falta de precaução, despreparo, cuidado e respeito com a saúde, a integridade e a vida de seus funcionários.

Entre os afetados, esteve uma jornalista que sofreu edema de glote como reação alérgica à fumaça. Quando dirigia para casa, após deixar o trabalho, a profissional teve uma crise em que não conseguia respirar. Ela buscou socorro imediato numa a unidade médica, onde teve a vida salva.

O Sinjor-PA, que já vem mantendo diálogo com a direção da Record para viabilizar equipamentos de segurança aos jornalistas, vai denunciar ao Ministério Público do Trabalho mais este episódio de descaso da emissora.

SINDICATO DOS JORNALISTAS DO PARÁ

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Demissões no Grupo RBA expõem desrespeito com os jornalistas

O Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) repudia com veemência as sucessivas demissões de jornalistas no Grupo RBA, que demonstra o total desrespeito com os jornalistas. Nesta quarta-feira, 05, a empresa demitiu os jornalistas Elias Santos e Thamires Figueiredo, que trabalhavam como repórter no jornal Diário do Pará. Há consistentes evidências de que as demissões foram motivadas pela participação ativa dos trabalhadores na greve, ocorrida em setembro do ano passado.

Elias Santos trabalhava há dois anos e meio na empresa, tendo ficado seis meses sem carteira assinada. Já Thamires Figueiredo atuou durante um ano e sete meses no jornal, sendo que sete meses a jornalista exerceu a função sem carteira assinada.

Com isso, totalizam 10 demissões arbitrárias, feitas sem a menor dignidade com os trabalhadores. Logo após o fim da estabilidade, firmada em acordo com o Sindicato, foram demitidos os jornalistas Felipe Melo, Cristiane Paiva, Adison Ferrera e Amanda Aguiar, dispensados sem aviso prévio.

No mês passado, as jornalistas Daniele Brabo, Edmê Gomes e Yorranna Oliveira, foram demitidas no hall de entrada da empresa, quando chegavam para mais um expediente e tiveram seus crachás bloqueados na recepção, ato praticado novamente com as demissões de hoje. Todos foram impedidos de adentrar o prédio, submetidos à assinatura dos documentos no balcão de recepção, em uma situação vexatória.

Vale ressaltar que o grupo RBA também demitiu o jornalista Leonardo Fernandes, repórter no jornal Diário do Pará, que também participou da organização do movimento Jornalista Vale Mais, tão logo a greve foi anunciada, em setembro.

O Sinjor-PA manifesta toda a sua solidariedade aos jornalistas Elias Santos e Thamires Figueiredo, e já colocou sua assessoria jurídica à disposição dos dois, assim como dos demais demitidos. Este ato arrogante por parte do grupo RBA não vai nos calar. A luta por justiça continuará cada vez mais forte. As retaliações não vão nos intimidar.

A entidade defende, portanto, que o grupo RBA reveja as demissões, que estão longe de ser exemplar, corretiva ou educativa. Isso não mudará a decisão dos trabalhadores que reivindicam melhores salários e condições de trabalho. Quem constrói cotidianamente a comunicação e leva informações à população merece respeito.

Sindicato dos Jornalistas do Pará – Sinjor-PA

Fenaj prorroga inscrição de teses e delegações ao 36º Congresso Nacional dos Jornalistas

Marcado para os dias 2 a 6 de abril, em Maceió (AL), o 36º Congresso Nacional dos Jornalistas está no centro das agendas dos sindicatos da categoria. Vários deles organizam seus Congressos estaduais ou Encontros preparatórios para março. A Executiva da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) prorrogou o prazo de envio de teses e inscrição de delegações ao evento nacional até o dia 17 de março.

Bianual, o Congresso Nacional dos Jornalistas - instância máxima de deliberações do movimento sindical da categoria - geralmente é realizado no segundo semestre de cada ano. Em função da situação excepcional da realização da Copa do Mundo de 2014, além da eleição no Brasil, o Congresso de Alagoas, com o tema central "O Jornalista, o Jornalismo e a Democracia", foi antecipado para o primeiro semestre.

O evento será aberto no dia 2 de abril, às 20h30, com a conferência sobre o tema central. Na mesma data, durante o dia, acontece o I Encontro Nacional de Jornalistas pela Igualdade Racial (I Enjira) e reunião ampliada da Comissão da Verdade instituída pela Fenaj, com as comissões estaduais instituídas pelos sindicatos.

Ao todo, o congresso terá seis painéis, com os temas "O futuro do passado do jornalismo", "A crise do mau jornalismo", "Jornalismo novo ou novas plataformas", "Defesa do trabalho, defesa da democracia", "Regular para democratizar" e "O jornalismo e a democracia contemporânea".

Também haverá quatro Rodas de Conversa, abordando temas como: Ética jornalística e democracia; O poder feminino nas redações; Novas diretrizes curriculares e estágio em jornalismo; e Jornalismo investigativo – ferramentas e conflitos éticos na apuração.

As oficinas, num total de seis, tratarão de assuntos como: Qualidade da imagem e o imediatismo da notícia; Apuração e texto final no webjornalismo; Os limites da lei na cobertura eleitoral; Jornalismo no rádio; Assessoria de imprensa e redes sociais; e Jornalismo esportivo – a logística de um repórter na Copa do Mundo.

Entre os palestrantes confirmados constam nomes como o do ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, do presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Nelson Breve , do sociólogo francês Dominique Wolton, do jornalista Alberto Dines, do Observatório da Imprensa, dos professores e jornalistas Eduardo Meditsch, da UFSC, Juremir Machado, da PUC/RS, Fábio Fernandes e Pollyana Ferrari (da PUC/SP e ECA/USP, respectivamente) e do experiente repórter fotográfico Juca Varela.

Congressos e teses
Grande número de Sindicatos dos Jornalistas optaram por realizar seus congressos estaduais para eleição de delegados e aprovação de teses ao 36º CNJ nos dias 8 e 9 de março. São os casos, por exemplo, do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Município do Rio de Janeiro. Em Minas Gerais o Congresso Estadual está confirmado para o dia 15 de março. No Distrito Federal o evento será dias 14 e 15.

Nos próximos dias a Fenaj encaminhará aos Sindicatos as teses guias para o processo deliberativo nas plenárias do 36º CNJ. Os Sindicatos poderão emendá-las ou propor suas substituições com teses aditivas, supressivas ou substitutivas, bem como apresentar novas teses (avulsas) que não estejam contempladas nas teses guia. Todas, porém, deverão passar por prévia deliberação de Congressos, Encontros ou assembleias da categoria. Não serão aceitas teses individuais de delegados ou observadores. O prazo final para inscrição de teses e delegados é o dia 17 de março.

Inscrições
Jornalistas, professores e estudantes de jornalismo já podem fazer inscrição no site do Congresso Nacional. No espaço virtual, os interessados também poderão encontrar informações gerais sobre o evento. Para acessá-las, clique aqui.

No MEC, Jordy intercede por curso de jornalismo da UFPA

O deputado federal Arnaldo Jordy (PPS/PA) e o diretor de relações Institucionais, da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), José Carlos Torves, estiveram no Ministério da Educação na tarde desta terça-feira (4), em reunião com o Secretário de Educação Superior do Ministério, Paulo Speller, discutindo a questão da suspensão do vestibular para o curso de jornalismo da Universidade Federal do Pará (UFPA), no final do ano passado.

A medida foi tomada em razão, de acordo com o MEC, pelo curso ter recebido nota 2 (abaixo da média) no Conceito Preliminar de Curso (CPC), que é utilizado como indicador de qualidade do ensino superior, através do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade).

O motivo da nota baixa, seria o do boicote dos estudantes ao Enade, por considerá-lo ineficiente e injusto para aferir a qualidade do ensino público no país, e em protesto para mais investimentos que garantam a infraestrutura necessária para o perfeito andamento ao ensino, à pesquisa e à extensão.

"O secretário Paulo Speller disse que, dentre os recursos administrativos interpostos pelas universidades do Pará, do Paraná e do Espírito Santo, que tiveram os ingresso nos cursos de Jornalismo suspenso, o do Pará é o mais robusto, o que tem mais consistência e chance de ter a decisão anulada", destacou o diretor da Fenaj, José Carlos Torves, que representou o Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA), na audiência.

Para Jordy, a suspensão deve ser revista e revogada, dada a importância do curso, que até o ano passado era o único do Estado. “Consideramos injusta a determinação do Ministério, que afeta docentes, funcionários e estudantes, desvalorizando um curso que formou tantos jornalistas renomados e joga por terra o sonho de tantos estudantes que almejam seguir a carreira”, afirmou o parlamentar paraense, que manteve contato com a direção da UFPA e do Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor/PA), em prol do curso.

Várias entidades conseguiram liminar na justiça em ação movida pelo Ministério Público Federal, em prol da revogação da suspensão, que em primeiro momento foi dada, porém posteriormente derrubada pela Advocacia Geral da União. No entanto, segundo Paulo Speller, uma reunião está agendada para quarta-feira, com Jorge Rodrigo Araújo Messias, Secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior do MEC – Seres, onde será discutido o caso da UFPA, e que pode definir o futuro do curso, que pode tanto ter seu processo seletivo normalizado, quanto poderá receber uma comissão, para que seja verificada in loco sua situação.

O reitor da UFPA, Carlos Maneschy esteve nesta segunda-feira (3) na posse do novo ministro da Educação, José Henrique Paim, e também manteve contato com o Secretário, onde reiterou os pedidos para que o processo de suspensão do vestibular seja revisto.

O curso de Jornalismo da Universidade Federal do Paraná (UFPR) encontra-se em situação idêntica e também aguarda parecer do Ministério.

Fonte: Assessoria de Comunicação
Gabinete Dep. Arnaldo Jordy

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Realizada audiência contra demissões no Grupo RBA





Nesta segunda-feira, 03, na 5ª Vara do Trabalho de Belém, aconteceu a audiência referente à ação de reintegração e de indenização por danos morais dos jornalistas Amanda Aguiar, Felipe Melo, Cris Paiva e Adison Ferrera, demitidos pelo Grupo RBA em função da greve. A ação foi ajuizada pelo Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA). A primeira audiência ocorreu no dia 17 de dezembro do ano passado, quando a assessoria jurídica do grupo juntou documentos que ocasionou o pedido de vista do processo.

Para Felipe Melo, a esperança dos jornalistas demitidos é que a empresa seja punida por desrespeitar a legislação, visto que o direito de greve é assegurado aos trabalhadores. “É preciso ficar bem claro que os trabalhadores não estão com sentimento de derrotados. Vamos continuar lutando por nossos direitos. Precisamos dar um basta nessa política de repressão corporativista e intimidadora nos setores de trabalho”, afirmou.

Participaram a secretária-geral, Enize Vidigal e o assessor jurídico do Sindicato, André Serrão, que considerou muito positiva a audiência, presidida pela juíza Zuíla Lima Dutra. Ele reiterou que as demissões foram retaliações e perseguição aos trabalhadores que participaram do movimento paredista da campanha Jornalista Vale Mais, principalmente por terem aderido à greve.

André Serrão disse que a expectativa da entidade sindical é que a justiça do trabalho reconheça que as demissões foram feitas por vingança e perseguição. Para encerrar o processo, foi marcada uma nova audiência no dia 06 de março.

“Todas as partes e as testemunhas já prestaram seus depoimentos, e os documentos também já foram juntados nos altos. O Sindicato e a empresa tem o prazo às vésperas da audiência para protocolar suas razões finais. Como representante do Sinjor, estou satisfeito com o depoimento da nossa preposta. Em alguns momentos eles (prepostos e testemunhas do grupo RBA) confessaram diversas das situações que estão sendo discutidas no processo. Com certeza estamos otimistas”, concluiu Serrão.

Greve: A greve dos jornalistas do Diário do Pará, RBATV e do Portal Diário Online iniciou com o movimento "Jornalista Vale Mais", lançado pelo Sinjor-PA, que levou os jornalistas paraenses para a rua. Anteriormente à greve, deflagrada no dia 20 de setembro de 2013, foram realizadas quatro manifestações da campanha de valorização profissional no Estado. Uma em frente à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, outra na TV Record e duas na RBA.