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quinta-feira, 10 de abril de 2014

PM de SP agride, prende e espirra gás de pimenta em jornalista paraense


A jornalista paraense Aliene Ribeiro (foto) foi agredida covardemente por Policiais Militares na estação da Luz, região central da cidade. Ela filmava com celular a revista arbitrária a que estava sendo submetido um amigo seu só por que tinham parado para pedir informação em uma base da PM. Um dos policiais de plantão no posto cismou com o rapaz e decidiu lhe dar uma “geral”, efetuando-lhe uma revista. Aliene, não se conformou com a atitude arbitrária e passou a filmá-la. Por isso, levou gás de pimenta no rosto e foi levada de camburão para o 2º Distrito Policial no Bom Retiro.

Aliene procurou a direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) para solicitar apoio. A entidade repudia a ação truculenta da PM com qualquer cidadão, sobretudo jornalistas, e exige a identificação e punição dos responsáveis. Este é o relato dela:

“Truculência, violência e arbitrariedade, parece ser a missão da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Na madrugada do dia 7 de Abril fui mais uma vítima da violência da PM. Ao sair da Sede Luz do Faroeste, na Luz, segui em direção a Praça Júlio Prestes na companhia de um amigo, quando nos deparamos com uma base móvel da PM (Base 13270) e lá paramos para pedir uma informação.

Depois de nos dar a informação, o PM pediu a identidade do meu amigo, que imediatamente a entregou ao mesmo que, em seguida pediu para que meu amigo colocasse as mãos na cabeça para passar por uma revista pessoal, o famoso “baculejo”.

Amigo, que absurdo, não tem necessidade disso. Nós só viemos pedir uma informação. O PM, se dirigindo ao colega de farda, pede apoio aí. Amigo, não tem necessidade disso, eu sou jornalista, me desculpa mais eu vou ter que filmar isso. Isso é um absurdo, um abuso, amigo. Então, me afastei um pouco da ação e comecei a filmar aquela abordagem arbitrária e completamente abusiva e truculenta. Afinal, nós havíamos parado ali para pedir uma ajuda, uma informação. Quando, menos de um minuto depois, eu filmava e argumentando que, aquilo era um absurdo, chegou uma viatura com mais três policiais. Aí começou o meu terror. O sargento PAULO HENRIQUE MARCONDES, já desceu da viatura em minha direção, dizendo: - o que aconteceu?

Na sequência, espirrou gás de pimenta no meu rosto e me deu um chute na perna esquerda. Não satisfeito, ainda me tomou meu celular. A partir daí, eu completamente “cega” me desesperei, comecei a gritar pedindo meu celular de volta, xingando aquela atitude monstruosa e cruel, com rosto pegando fogo. Ainda não satisfeitos com tamanha arbitrariedade e violência, ainda nos jogaram no camburão da viatura pra irmos á delegacia, 2ºDP Bom Retiro. Lá, prestamos depoimento eu, agredida fisicamente que fui, peguei encaminhamento para um exame de corpo de delito no IML.

Detalhe: no Boletim de Ocorrência, não consta absolutamente nada sobre terem me tomado o celular e apagado o vídeo que eu havia feito, na versão, mentirosa e destorcida deles, usaram o gás de pimenta por que eu “investi” contra o sargento MARCONDES, que precisou usar o gás para me conter e é obvio ululante que também não consta nada sobre o chute que o covarde me deu na perna depois de me espirrar o gás! Absolutamente mentira, deslavada. Ela já chegou me agredindo e me arrancando das mãos um bem meu, meu celular, fiquei completamente sem a menor chance de defesa, por conta do gás em meu rosto. (BO nº2333/2014).

Ai eu me pergunto...quando isso vai acabar? Até quando cidadãos comuns, trabalhadores terão seus direitos cerceados dessa maneira? Até quando vão dar sumiço nos Amarildos e arrastar as Cláudias? Disso tudo fica uma sensação horrorosa de violação, de impotência... – Nós temos fé pública, me disse o PM Arthur! E eu, não? . E uma lição: nunca mais pedir uma informação pra um PM! Aliene Ribeiro, violada, indignada! #NãoMereçoSerAgredida “

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