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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Instalada Comissão da Verdade no Pará


Em cerimônia realizada na noite de segunda-feira, 1º, no Espaço São José Liberto, foi instalada oficialmente a Comissão da Verdade no Pará, que tem o objetivo de investigar e tornar público todas as informações sobre os casos de tortura, morte e desaparecimentos ocorridos durante o regime militar no Pará. O Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) é um dos nove integrantes escolhidos para compor a Comissão, que teve a Lei Estadual assinada em 31 de março deste ano.
A entidade é representada pela jornalista Franssinete Florenzano, que também foi presidente da Comissão da Verdade criada pelo Sinjor-PA, com o intuito de investigar os casos de violação e agressão ao trabalho de jornalistas paraenses, no período de 1964 a 1985, por órgãos da repressão política dos governo militares. Os trabalhos foram realizados com o apoio dos jornalistas Emanuel Villaça, José Maria Pedroso (Piteira), Priscila Amaral e Luciana Kellen. A iniciativa recebeu o apoio da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), por meio da Comissão Nacional da Verdade dos Jornalistas.

Para a presidente do Sinjor-PA, Roberta Vilanova, o trabalho e a experiência da Comissão da Verdade do Sinjor-PA, vai contribuir com as atividades da Comissão da Verdade do Estado. “O material elaborado pelo Sindicato ajudará no processo de investigação, pois foram ouvidos depoimentos de muitos jornalistas paraenses que sofreram na pele a violência da ditadura militar", afirmou.
Juntamente com Franssinete, outros oito componentes fazem parte da Comissão da Verdade no Pará: Renato Theophilo Marques de Nazareth Netto, da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos – Sejudh; João Lúcio Mazinni da Costa, do Arquivo Público Estadual; Ana Michelli Gonçalves Siares Zagalo, da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social – Segup; Carlos Alberto Barros Bordalo, da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa; Edígio Machado Sales Filho, da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Pará; Marco Apolo Santana Leão, da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos – SPDDH; Paulo Cesar Fonteles de Lima Filho, do Comitê Paraense pela Verdade, Memória e Justiça; e Jureuda Duarte Guerra, do Conselho Regional de Psicologia-PA/AP.
Para o presidente da Comissão da Verdade no Pará, Egídio Sales Filho, os trabalhos desenvolvidos farão o levantamento de todas as repressões praticadas na época da ditadura. Ele lembrou o episódio grave ocorrido no Pará, como a Guerrilha do Araguaia. “Temos que mostrar as histórias dessas pessoas que foram torturadas, marcadas e ninguém sabe ao certo o que aconteceu. Esta é uma forma de darmos uma resposta aos familiares e amigos dessas vítimas”, concluiu.

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